Comecei a discar desesperado para ela logo que saiu de casa, mas ela não atendeu. Não entendi porque ela estava tão brava, não precisava sair correndo assim, a gente podia ter feito outras coisas divertidas, de repente rolava até um... Ouvi uma derrapada violenta vindo da rua e fui até a janela ver. Mal abri a persiana, senti duas mãos me empurrando pra fora e lembrei de uma cena, algo que tinha acontecido quando eu tinha mais ou menos uns oito anos. Era do meu irmão mais novo, hoje já falecido. Estávamos jogando vídeo-game e eu pedi pra ele deixar eu matar o chefão da próxima fase. Ao ouvir um não como resposta, fiquei irritado e peguei um garfo que estava do meu lado. Comecei a espetá-lo com força, desejando rasgar sua pele, deslizar pela sua carne, sentir o seu sangue escorrendo por entre os meus dedos e continuar até sua morte. Obviamente que um garfo de plástico não seria suficiente pra isso.
Fomos grandes amigos até o dia que ele teve o azar de sofrer um acidente de carro. Lembro bem que essa foi a primeira vez que eu desejei tanto a morte de uma pessoa, mas fazia tanto tempo, que eu não lembrava mais como era. Até olhar para os olhos de Ana Laura, antes que a vaca me jogasse do oitavo andar. Olhei para seus olhos, assustado. Ela nada parecia com aquela garota que eu tinha beijado na festa agora pouco.
sábado, 12 de maio de 2007
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Um comentário:
duda,gostei muito desse,
você tem muito talento
pra coisa heehuehuehuehuee
virei sempre por aqui
;**********
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